sábado, 27 de setembro de 2008

Desenvolvimento de IDH no Estado de São Paulo

Estudando o conceito de IDH, o índice de desenvolvimento humano, me deparei com dados sobre o estado de São Paulo e do Brasil. Claramente existe uma diferença entre as regiões do Brasil. O estado de São Paulo, apesar de sua força econômica, ainda possui casos graves de municípios com baixo IDH.

A tabela a seguir mostra, de maneira decrescente, os municípios paulistas com menor IDH.



A maioria destes municípios estão localizados na região sul de São Paulo, divisa com o norte do Paraná. Nota-se que os indices referentes a educação são satisfatórios e certamente com tendência a crescimento, mas longevidade e renda estão longe do ideal.

A tabela a seguir mostra quais são os fatores ligados a educação, renda e saúde mais contribuem para o baixo IDH destes municípios.



Estamos falando de uma população total de 38500 pessoas, com uma média inferior a 5 anos de estudo, renda per capta média de 0,78 salários mínimos e um preocupante nível de mortalidade infantil de 22,43 nascidos vivos por mil, para os três primeiros municípios.


Compare estes dados com os dos cinco municípios paulistas com maior IDH.

Talvez não seja uma comparação justa, afinal São Caetano possui em sua região um grande parque industrial e comercial, formado por São Paulo e seus municípios vizinhos; São Pedro tem forte tradição hoteleira; Santos possui o maior porto da América Latina e consequentemente todo o desenvolvimento que caminha junto; Jundiaí possui grandes indústrias, com uma ótima malha rodoviária e está próxima da capital e de Campinas; Vinhedo é um conhecido refúgio de condomínios nobres para ex-moradores de São Paulo que "fugiram" com medo da violência e do stress paulistano.

Mas mesmo assim alguns indicadores comparativamente são interessantes.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Gerenciamento de empreendimentos sociais de inclusão digital em São Paulo

Artigo Publicado na Revista do Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia - IBICT em 2007
Luiz Carlos Rampazzo Filho e Gino Giacomini Filho, IMES - Universidade Municipal de São Caetano do Sul


Resumo
O presente artigo resulta de estudo exploratório realizado em três empreendimentos de inclusão digital conduzidos por empresas privadas no estado de São Paulo. O objetivo consistiu em analisar seus procedimentos de gestão e, conseqüentemente, sua estruturação e funcionamento.Os empreendimentos de inclusão digital se inserem nos processos de inclusão social, que por sua vez tipificam atividades de responsabilidade social corporativa.Os resultados mostram que os empreendimentos de inclusão digital, além de uma configuração específica, primam pelo estabelecimento estratégico de parcerias com entidades sociais que possuem experiência com atividades identificadas com a inclusão social.




Abstract
The following article is the result of an exploratory study of three social enterprises of digital inclusion managed by private companies in the state of São Paulo. The study’s objective was to analyze their management procedures and as a result, their structure and daily activities.The digital inclusion enterprises are part of a social inclusion’s process and corporate social responsibility activities.The results show that digital inclusion enterprises have a specific configuration focused on strategic planning of partnerships with social entities that have expertise on activities identified with social inclusion.


http://www.ibict.br/revistainclusaosocial/include/getdoc.php?id=299&article=46&mode=pdf

Combate à exclusão digital - RESPONSABILIDADE SOCIAL EMPRESARIAL E INCLUSÃO DIGITAL

O mundo globalizado e a Sociedade da Informação têm exigido um processo contínuo de aprendizagem e atualização do conhecimento das novas Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs). Grupos estão sendo excluídos das benesses provenientes das conquistas tecnológicas. Esta exclusão gera graves reflexos na auto-estima e na qualidade de vida destes grupos, que podem ser considerados excluídos sociais.

O combate a esta exclusão tecnológica e conseqüente exclusão social, pode ocorrer através da parceria entre os governos como agentes de fomento e de desenvolvimento de pesquisas; das empresas exercendo seu papel de empresa-cidadã com Responsabilidade Social Empresarial; da sociedade, através de organizações sociais que possuem a percepção do problema e atuam junto as comunidades que expressam o desejo de inserir-se no mundo tecnológico.
Obviamente, o combate ao processo de exclusão social de causa tecnológica é uma oportunidade para as empresas de vincular sua imagem organizacional com a ação. Isso gera um diferencial competitivo, contribuindo culturalmente com colaboradores e futuros consumidores.

Cada vez mais as empresas são mais reconhecidas e admiradas pelo modo como se relacionam ou se comunicam com a sociedade, do que pela simples qualidade de seus produtos e serviços. A Responsabilidade Social Empresarial surge como uma estratégia que vai além da filantropia. A pesquisa “Sexto estudo global de líderes de opinião”, de 2006, da agência Edelman, mostra que 98% dos formadores de opinião no Brasil preferem empresas e medidas de responsabilidade social empresarial em substituição ao tradicional “capitalismo selvagem”, esperando o envolvimento da empresa com a sociedade, em troca de confiança pela marca.
O processo de Inclusão Digital, que permite o acesso às TICs, está além de disponibilizar computadores, mas sim, de capacitar o indivíduo a saber como utilizar a tecnologia e obter conhecimento através dela, trazendo reflexos positivos ao seu dia-a-dia.

O fato é que a Sociedade da Informação é um processo irreversível. Para a E-europe, ela corresponde ao que significou a Revolução Industrial no século XXI, o que divide o mundo entre países produtores de tecnologia, países consumidores e países à margem de qualquer benefício. Combater a exclusão digital é permitir que a sociedade possa estar presente no primeiro grupo.